Estimular a economia e a criação de emprego é uma das matérias mais importantes com que se debate o País e particularmente o Concelho. Não a podemos dissociar da resposta à emergência social que um município deve ter nesta altura, mas uma política autárquica não pode ficar só por esta resposta. É urgente, sem dúvida. Mas é necessário ir mais longe e tentar fomentar o crescimento económico.
Como pode, então, um município contribuir para o crescimento económico e para a criação de emprego, já não podendo ser o maior empregador do concelho, como até aqui se verificou. E refiro-me concretamente aos serviços da Câmara Municipal e às empresas municipais.
Este sector é dos que exigem maior empenho e criatividade nos tempos que vivemos.
Gostei deste conceito de economia:
«A palavra economia pode-se definir como a ciência que estuda como as sociedades usam os recursos e os processos de produção, a troca ou intercâmbio e consumo de bens e de serviços. O que quer dizer é que estuda o comportamento humano que deriva da relação existente entre as necessidades humanas e os recursos disponíveis que se precisam para satisfazê-las. Esta ciência ao estudar o comportamento humano e os recursos está relacionada com a ciência política geral das nações e, sobre tudo com a vida das pessoas».
Nesta perspetiva o BE empenhar-se-á na promoção da atividade dos agentes integradores na economia social, no apoio às PME e às microempresas. De que forma?
a) Apoiando as formas associativas e cooperativas de promoção e dinamização de atividades económicas e sociais.
b) Apoiando a criação de incubadoras ou «ninhos de empresas», assegurando uma redução de custos, apoio técnico e logístico no lançamento de novos projetos e de formas de criação de auto emprego.
c) Apoiando a promoção de atividades e produções artesanais.
d) Apostamos na requalificação urbana, incentivando as técnicas de construção tradicionais.
e) Os apoios das autarquias locais à iniciativa privada verão a sua aprovação pelos eleitos do BE, condicionada à criação de emprego estável, à ausência de precariedade dos vínculos laborais e à discriminação positiva dos mais vulneráveis no acesso ao emprego.
f) O BE compromete-se a combater a precariedade laboral, designadamente nos quadros de pessoal das autarquias e do setor empresarial local.
Medidas de desenvolvimento da economia local - Resultado da participação de cidadãos na assembleia popular virtual, entendemos que:
a) A autarquia deve ser um facilitador do desenvolvimento económico. A criação de um gabinete de apoio ao investidor, constituído por uma equipa multidisciplinar de técnicos, poderia dar alguma resposta às solicitações de investimento em Lagos. O mesmo gabinete poderia igualmente ter como funções o diagnóstico da situação económica do concelho e apresentar perspetivas para a dinamização da economia em áreas como as novas tecnologias, mar, doçaria tradicional e outras bem como incentivar tudo o que seja inovação.
b) Implementação de um simplex administrativo de forma a agilizar as situações de investimento/instalação de empresas produtivas.
c) Parcerias com a universidade, designadamente do Algarve, em articulação com o gabinete de apoio ao investidor.
d) Investir, ou requalificar um edifício para um nicho de empresas.
e) Criação de um portal de lagos, no âmbito do plano de marketing e comunicação envolvendo todos os empresários locais nas diversas áreas da economia, de forma a divulgar Lagos no Mundo.
f) Criação de uma associação ou outra forma de gestão que reúna todos os que pretendem expor os seus produtos numa plataforma informática e interativa, de forma a venderem online os mesmos.
g) Incrementar as feiras de trocas, de artesanato e de todo o tipo de produção local.
Está na hora de Lagos deixar de viver exclusivamente da construção civil (em grave crise, quase parada) e de um certo tipo de turismo. Apostar nas pescas, agricultura (eventual criação de um banco de terras), indústria e vários tipos de serviços devem fazer parte de um concelho sustentável.
A política e a economia têm que defender as pessoas e não os interesses de apenas alguns, porque, na verdade, quer a política, quer a economia existem para servir as pessoas e estas são a razão de ser da sua existência.
Assim continuará o BE a fazer política e com estas e outras propostas que surjam esperamos receber a vossa confiança nas urnas.